domingo, 15 de março de 2009

Thelma e Louise em Marte

Minha amiga venusiana estava feliz da vida.
Depois de muita dedicação estudando a legislação de trânsito e inúmeras aulas práticas, com um instrutor paciente e motivador, conseguiu sua carteira de habilitação.
ELA ERA MOTORISTA...
Uma grande conquista, pois lutou com um trauma, provocado pelo primeiro instrutor que, grosseiramente, depois de algumas aulas perdeu a paciência e, com um tom de voz alterado, utilizou a seguinte frase:
- “O VEICULO NÃO POSSUI VIDA PRÓPRIA”...

Algumas venusianas são afetuosas ao extremo e costumam dar vida própria a objetos que gostam muito: se apaixonam por sapatos, bolsas, batons etc...Costumam estourar os cartões de crédito quando passam por shoppings, pois se apaixonam por todas as vitrines.
Lembrei do relato de uma venusiana: pensava em sair para passear, tinha a sensação que seu vestidinho "preto básico.lindo” sorria e rebolava dentro do guarda-roupa.

Voltando à nossa venusiana motorista...Fui convidada a compartilhar desse momento de conquista, pois ainda não estava totalmente recuperada do trauma e, uma pessoa amiga ao seu lado seria um grande instrumento de apoio, contribuíria para sanar esse problema.
Animadamente, resolvemos visitar o shopping da cidade vizinha - estava em liquidação total -e entre sensações de euforia e insegurança, minha amiga venusiana pensava:
- Dirigir na estrada? Porém, para adquirir aquele vestido lindo que admirou todo verão na vitrine por um preço em conta, todo sacrifício valeria a pena.
Entramos no veículo. Minha amiga seguia rigorosamente as regras de um bom motorista: utilizava sapato adequado para direção (o sapato de salto no banco traseiro aguardava a troca na chegada do destino), cinto de segurança, manual de regras de direção sob o painel , como suporte de alguma dúvida que pudesse surgir quanto aos significados das placas de trânsito.

Depois de solicitar a DEUS proteção, foi dada a partida. Fiquei emocionada com a superação da dificuldade da minha amiga. Dirigia perfeitamente bem e era tão agradável essa conquista que resolvemos ouvir nossas músicas favoritas e cantar juntas. O clima era de total alegria.
Na chegada da transversal que possibilitava a saída da cidade, minha amiga solicitou que o som fosse desligado, afinal, a estrada merece total atenção. Percebi que segurava o volante com tanta intensidade como se estivesse sofrendo uma descarga elétrica. Grudada no volante, já reclamava que o retrovisor não permitia boa visibilidade, tentei ajudar sugerindo que o veículo fosse encostado para adequar a posição correta, já que ela não conseguia soltar uma das mãos do volante para tal função.
Encostamos o veículo. O volante todo molhado pelo suor das mãos da minha amiga, que respirava, aliviada por alguns minutos pela paralisação da maquina.
Recuperada as forças, o volante seco e o retrovisor permitindo visibilidade, iniciamos nossa partida, porém, na avaliação de minha amiga nenhum momento era adequado para entrar novamente na estrada. Esperávamos incansavelmente a passagem de vários veículos que surgiam a quilômetros de distância.
Com a proteção divina, conseguimos retornar à estrada após a passagem de um caminhão que transportava alguma carga pesada que não lhe permitia ultrapassar velocidade de 60 km.
Bem! Por alguns minutos percebi que minha amiga estava mais tranquüila e dominava a situação. A estrada vazia, exclusivamente para nossa passagem. Essa sensação não durou muito, pois logo na frente deparamos com o caminhão que carregava carga pesada. Automaticamente reduzimos a velocidade e fomos seguindo o caminhão como um cortejo. Minha amiga parecia hipnotizada pelo caminhão -verdadeira atração - e seguimos o caminhão por quilômetros...até que, então, percebi a placa que sinalizava a entrada para o município que seria nosso destino... Infelizmente minha percepção foi tardia , relutantemente minha amiga continuava seguindo o caminhão - mesmo sendo informada que nosso destino tinha ficado quilômetros atrás. Estava muito preocupada, pois o caminhão na sua placa traseira identificava ser de uma cidade do Estado da Bahia e logicamente pensei: saímos com destino à cidade vizinha e chegaremos em outro estado.
Graças a DEUS!!! o caminhão estacionou em um posto de gasolina, pois necessitava abastecer, como nosso veiculo também.
Percebemos, então, que seria impraticável nossa visita ao shopping, pois teríamos que retornar a nosso cidade no horário noturno, e com certeza minha amiga teria dificuldade com os faróis. QUANDO - como um milagre - estacionou um outro caminhão que identificava placa da nossa cidade e, novamente, como um cortejo, retornamos a nossos lares.



sábado, 7 de março de 2009

Dia da Mulher...sei...


Será mesmo que um velho amigo vale mais que um novo?


Voltando para casa depois de um dia de trabalho, horário de verão, dias mais longos, aquele calor convidativo para um chopinho na companhia de uma venusiana ou marciano amigo. Deparei-me, então, com uma venusiana que há muito não encontrava - nossa relação de amizade foi na adolescência...

Depois de um abraço caloroso e aquela agradável emoção de rever um amigo, convidei-a para um chopinho (logicamente tínhamos muito para conversar). Lembrei-me nesse momento de uma frase muito sábia e verdadeira:
Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: Conservar os velhos” (ELMER G.LETTERMAN)

Caminhamos animadamente rumo ao barzinho para saborear um chope bem gelado, dando boas risadas com as lembranças do passado.
Chegando ao lugar, logo fomos abordadas pelo garçom, que gentilmente perguntava a nossa preferência de chope: claro ou escuro? Percebi nesse momento uma expressão de interrogação no olhar de minha amiga...

-ESSE NÃO É O MARIDO DA FULANA?
Percebendo a minha dificuldade em lembrar da pessoa e, sem dar muitos detalhes que pudessem promover minha lembrança, ela iniciou os comentários:
- POIS É! VC SABIA QUE ELA É MANDONA? OLHA! ELE TÃO MAGRINHO ..ELA ESTÁ GORDA !!!!!... FEIA!!!!!

Sem a menor preocupação de nossa conversa ser transformada em um monólogo, minha amiga dispara a falar compulsivamente sobre todos os detalhes da vida da fulana...como também tecia comentários e observações de todos que passavam...Como se não bastasse todos os comentários e a conversa desagradável, para confirmar seu perfil de pessoa chata e inconveniente, ainda tinha a mania de dar toques no meu braço, com a finalidade de obter total atenção.

Inesperadamente surgiu uma venusiana amiga da minha velha amiga e momentaneamente senti um grande alívio e a possibilidade de dar novos rumos à nossa conversa, de forma mais produtiva e agradável (pois já me encontrava em um estado total de esgotamento e stress).
Para minha surpresa e desapontamento as duas venusianas interagiam maravilhosamente bem (identificação é algo poderoso nas relações).

Com o chope já esquentando e sem estímulo para solicitar um segundo chopinho, anunciei a minha partida - que foi imediatamente lamentada pela central de pesquisa da vida dos outros. E juntas, falaram:

- QUE ISSO? JÁ VAI?
- VC NEM FALOU COMO VAI SUA VIDA ?! NADA!!!!

"UAAAAAAAAAAAAAAI!!!" serei a próxima vitima!!!

Antecipei minha partida com a sensação de que mesmo não tendo contribuído totalmente para a central de pesquisa da vida dos outros, na minha ausência eu seria o próximo assunto na conversa da mesa. Minha amiga rapidamente sacou da bolsa um cartãozinho pessoal do seu salão de beleza e fez a seguinte observação:

- VAI LÁ MINHA QUERIDA ...SEU CABELINHO ESTA NECESSITANDO DE UM CORTE E UMA NOVA COR...

Nesse momento entendi perfeitamente onde minha amiga desenvolveu, durante todos estes anos, a habilidade de pesquisadora da vida dos outros.

Não querendo generalizar mas, salões de beleza - local necessário para venusianas - também são centros avançados de pesquisa da vida alheia...

sexta-feira, 6 de março de 2009

A des-origem do planeta Vênus

Você quis dizer: Inferno (Google sobre Vênus, planeta)
Mulheres são de Vênus, homens são de qualquer outro lugar fedorento... (Xuxa sobre Vênus) Cuidado, hoje a temperatura vai esquentar, seja prudente em suas decisões. (Astrólogo sobre Libra)

Planeta natal de todas as mulheres, Vênus é um planeta de médio porte, temperado entre calor infernal e calor infernalmente quente, fato que acontece devido a sua proximidade com a grande bola amarela e brilhante, venerado por culturas fundamentalistas primitivas.

A origem etimológica do nome é latina e significa: Lugar onde se vê nus, devido ao costume de todas as mulheres andarem nuas, por causa do calor.
Vênus foi descoberto por volta de 1980, quando Che o gay vara, fazia suas viagens de velotroço, pelas américas do sul.
Há quem diga, no entanto, que as mulheres surgiram de combustão espontânea na superfície de Vênus, devido ao calor infernal do mesmo. Junto com elas surgiram a TPM e as novelas. Mais tarde, mutações geneticas deram origem aos Emos.
Passados alguns anos, Chuck Norris e seus comparsas, cansados de coçar o saco e tomar cerveja, resolveram fazer a terceira coisa que mais gostam de fazer: guerra.
Homens adoram guerra e descobriram que do outro lado tinha um planeta cheio de seres estranhos que "aparentavam" ser mais fracos que eles. Logo declaram guerra contra Vênus. Mas, as mulheres de Vênus, verdadeiras rainhas amazonas, lutaram bravamente contra os exércitos de homens marcianos, utilizando todas as suas armas e "graciosidade feminina".

Entretanto, para o bem de todos, Chuck Norris e Dercy Gonçalves definiram uma trégua entre os planetas e foram enviados para a zona neutra (planeta Terra) para decidir os termos de paz. Uma vez na Terra, os dois conversaram de menos e fizeram sexo de mais e, como ambos eram líderes de seus respectivos planetas, obrigaram seus súditos a se mudarem para a Terra e morarem juntos sobre a instituição do Santo Matrimônio (casamento), mesmo que isso fosse anti-natural, já que ambos os sexos (e planetas) eram inimigos de longa data. Deu no que deu.
Logo depois, uma turma que queimava rosquinhas com espigas de milho descobriu a Vênus de Milho. Mas essa já é outra história...

Homens são de Marte, mulheres são de Vênus

Era uma vez um marciano e uma venusiana que se encontraram, se apaixonaram e se casaram.
No início, tudo eram flores, mas após algum tempo, foram acometidos de forte amnésia e esqueceram que vinham de planetas diferentes.
Desde então, nunca mais se entenderam!!!!!!!

Marcianos dão muita importância ao trabalho, aos desafios, às conquistas.
Venusianas gostam de conversar para criar relações e compartilhar sentimentos.
Marcianos são os homens, venusianas as mulheres, e essas diferenças são apenas algumas na verdadeira teia de divergências que fazem com que os dois sexos não se entendam.

Uma das maiores diferenças entre homens e mulheres é como eles lidam com problemas.
Quando um homem está com um problema, ele se retira para dentro de sua caverna interna à procura de uma solução.
Quando enfiado em sua caverna, ele está impotente para dar à sua parceira a qualidade de atenção que ela espera.
As mulheres interpretam mal o silêncio de um homem. Dependendo de como está se sentindo naquele dia, ela pode começar a imaginar o pior.
As mulheres precisam entender que quando um homem está em silêncio, ele ainda não sabe o que fazer mas está procurando uma solução.
Os únicos momentos em que uma mulher fica em silêncio, é quando o que ela tem a dizer é lesivo, ou quando ela não confia na pessoa.
Por isso não é de se admirar que as mulheres fiquem inseguras quando um homem repentinamente fica calado.
Os homens vão para dentro de suas cavernas ou ficam calados por uma série de razões:
1. Ele precisa pensar sobre o problema e encontrar uma saída.
2. Ele está confuso e não tem uma resposta para o problema ou situação.
3. Ele ficou aborrecido. Em tais momentos ele precisa ficar sozinho para se acalmar e restabelecer o equilíbrio.
Quando um homem vai para dentro de sua caverna, ele geralmente está com um problema, ou está confuso, e está tentando resolver seu problema sozinho.
Um homem pode começar a se sentir sufocado quando uma mulher tenta confortá-lo ou ajudá-lo a resolver o problema.
Neste momento:
- Não desaprove sua necessidade de se afastar.
- Não tente ajudá-lo a resolver seu problema oferecendo soluções.
- Não tente compreendê-lo fazendo perguntas sobre seus sentimentos.
- Não se preocupe ou sinta pena dele.
É difícil para um homem quando a mulher exige que ele fale. Especialmente quando ele não está com vontade de falar.
Isto porque, quando um homem fala de seus sentimentos, ele admite, erroneamente, que, de alguma forma, ele é responsável ou culpado.

Trecho de Homens são de Marte, Mulheres são de Vênus, de John Gray